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Belo Monte extrapola o Brasil
Diretor Cameron participa de ato contra a construção da usina
13/04/2010 - 09:21
fonte: G1
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O coro dos descontentes com a provável construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, ganhou ontem um forte aliado. O diretor do filme Avatar, James Cameron, em visita ao Brasil, criticou a obra e disse que irá pedir apoio de congressistas norte-americanos na luta contra o projeto. O leilão para selecionar o consórcio que construirá Belo Monte está marcado para o dia 20 deste mês. Na opinião do cineasta, “esta não é uma questão só do Brasil, mas do mundo todo”, disse.
Segundo Cameron, além da usina desalojar a população ribeirinha, pode acelerar o aquecimento global. Ele salientou que a construção da hidrelétrica provocará a inundação da vegetação nativa e gerará gás metano. “Washington deve ter interesse [em evitar a usina]. É um problema internacional. O reservatório vai provocar o impacto do metano, que é 20 vezes mais danoso do que o gás carbônico”, afirmou.
Ele defendeu ainda que os Estados Unidos contribuam com a preservação da floresta Amazônica através de financiamentos para projetos ambientais. “Se evitar o aquecimento global significa preservar a floresta Amazônica, então os Estados Unidos devem contribuir, inclusive financeiramente”. Cameron espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se convença dos danos que a construção da usina pode provocar socialmente e ao meio ambiente. “Eu o desafio a ser um líder, o líder do século 21”, disse.
Além disso, o diretor ressaltou a suposta exclusão da população ribeirinha e indígena do processo político que culminou com uma licença ambiental prévia para a construção da hidrelétrica. “Esse é um processo que ignora os afetados pelo projeto. Eles não têm voz, estão sendo excluídos do processo político de construção da usina”, salientou. A atriz norte-americana Sigourney Weaver, que veio ao País com Cameron para divulgar o filme, também reforçou o discurso do cineasta. “O desenvolvimento econômico não pode ocorrer a qualquer custo”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, declarou na semana passada que a legislação ambiental no caso da usina foi respeitada. “Todo o ritual de estudos ambientais de Belo Monte, começado em 2005, foi entregue, passou por anos de análise do Ministério do Meio Ambiente. Isso dá robustez. Então, quando você recebe a licença é porque você cumpriu toda as etapas. Temos plena confiança de que é uma usina confiável, cumpriu todas as etapas da legislação ambiental”, disse.
Belo Monte extrapola o Brasil
Diretor Cameron participa de ato contra a construção da usina
13/04/2010 - 09:21
fonte: G1
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O coro dos descontentes com a provável construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, ganhou ontem um forte aliado. O diretor do filme Avatar, James Cameron, em visita ao Brasil, criticou a obra e disse que irá pedir apoio de congressistas norte-americanos na luta contra o projeto. O leilão para selecionar o consórcio que construirá Belo Monte está marcado para o dia 20 deste mês. Na opinião do cineasta, “esta não é uma questão só do Brasil, mas do mundo todo”, disse.
Segundo Cameron, além da usina desalojar a população ribeirinha, pode acelerar o aquecimento global. Ele salientou que a construção da hidrelétrica provocará a inundação da vegetação nativa e gerará gás metano. “Washington deve ter interesse [em evitar a usina]. É um problema internacional. O reservatório vai provocar o impacto do metano, que é 20 vezes mais danoso do que o gás carbônico”, afirmou.
Ele defendeu ainda que os Estados Unidos contribuam com a preservação da floresta Amazônica através de financiamentos para projetos ambientais. “Se evitar o aquecimento global significa preservar a floresta Amazônica, então os Estados Unidos devem contribuir, inclusive financeiramente”. Cameron espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se convença dos danos que a construção da usina pode provocar socialmente e ao meio ambiente. “Eu o desafio a ser um líder, o líder do século 21”, disse.
Além disso, o diretor ressaltou a suposta exclusão da população ribeirinha e indígena do processo político que culminou com uma licença ambiental prévia para a construção da hidrelétrica. “Esse é um processo que ignora os afetados pelo projeto. Eles não têm voz, estão sendo excluídos do processo político de construção da usina”, salientou. A atriz norte-americana Sigourney Weaver, que veio ao País com Cameron para divulgar o filme, também reforçou o discurso do cineasta. “O desenvolvimento econômico não pode ocorrer a qualquer custo”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, declarou na semana passada que a legislação ambiental no caso da usina foi respeitada. “Todo o ritual de estudos ambientais de Belo Monte, começado em 2005, foi entregue, passou por anos de análise do Ministério do Meio Ambiente. Isso dá robustez. Então, quando você recebe a licença é porque você cumpriu toda as etapas. Temos plena confiança de que é uma usina confiável, cumpriu todas as etapas da legislação ambiental”, disse.
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